As crianças aqui retratadas pertencem a países distintos entre se, principalmente no que diz respeito à realidade socioeconômica, mostra também de forma nua e crua a relação destes personagens com os seus pais, isto quando tal relação existe.
Eis uma questão pertinente em todas as histórias: que as famílias como nós conhecemos, em sua maioria, já se esfacelaram, todos nós sabemos, porém quem são os pais de hoje? E as crianças, como estas se relacionam com o mundo atual, tão agressivo, que afoga crianças e adolescentes num mundo perverso e consumista, que desde cedo joga uma serie de escolhas em cima do futuro jovem do mundo...
E mais, como vivem os pequenos, que em uma realidade miserável, vive a ausência de bens materiais, sem brinquedos e vídeo game, ou seja, um mundo de exclusão infanto-juvenil, mundo este que já no começo é corroído, crianças que vivem a margem das drogas, armas, pais viciados, malandragem, consumismo, fazer amigos...
As crianças invisíveis da metrópole, da África do Sul (Meldy Charef) a Servia-Montenegro (Emir Kusturica), dos Estados Unidos Spike Lee) ao Brasil (Kátia Lund), da Inglaterra (Ridley Scott) a Itália (Stefano Veranuso) e deste a China (Jonh Woo), histórias distantes uma das outras, mas todas um retrato fiel às crianças do mundo atual, obra de grandes personagens e histórias, de seres tão jovens e tão sofridos, que ainda assim, buscam a alegria das mais diversas formas, um certo brilho que se apaga na maioria das vezes, esquecemos de que já fomos crianças, perdemos a nossa inocência.
Todos estes sentimentos e questionamentos estão no filme “Crianças invisíveis”, crianças jogadas em um mundo que se destrói diariamente, que prostitui e escraviza estas crianças invisíveis, estes personagens da vida real não fazem parte do plano do G8 e cia, apenas a macroeconomia importa, enfim, a pergunta: quando estas crianças tiverem os seus 20 anos, que mundo vão encontrar?